22/10/2018
Star Was Born
Barbra Streisand e Lady Gaga estrelam a mesma história. Cada uma no seu tempo e com seu talento. A diferença é a emoção.![]() |
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Como cantora também não dá pra comparar. Barbra Streisand também é lenda. Mais de 150 milhões de discos vendidos, inúmeros prêmios e por aí vai. Pra ter uma idéia, o ingresso mais barato do seus último show custou a bagatela de 200 dólares, tamanho o evento. Mas eu queria falar de "Nasce Uma Estrela", drama que as duas estrelam. Não do filme, deixo pra vocês. Mas das músicas.
Juro que eu não sei o que tinha na água dos compositores nos anos 70. Se a droga era muito boa. Mas é impressionante a diferença em termos de emoção. Temos aqui um dramalhão romântico. Daqueles de chorar mesmo. Sei que no Século 21 as pessoas são mais duras, mais práticas, mais racionais. E sei também que Barbra Streisand cantando coloca emoção em qualquer coisa. Acho que se ela cantar o jingle do Eymael.
E olha que Lady Gaga é uma boa cantora. Mas tirando a música "I'll Never Love Again " do filme atual tudo é uma pedra, nada emociona. Claro que tem o Bradley Cooper cantando o que deve emocionar qualquer mulher viva. Mas as músicas em si são folks bem sem graça. Já a trilha de "Nasce uma Estrela" dos anos 70 composta por um baixinho loirinho e esquisito chamado Paul Williams é emoção a flor da pele. Romântica até o osso.
Não sei, parece que nos tempos atuais as pessoas querem ser mais cool. Mais inteligentes do que são na verdade. Tudo parece ser feito para os outros e não aquilo que sai de dentro do coracão. Tudo é pensado demais. Anos 70 era pé na jaca. Nada blasé. E o romantismo era até meio ridículo. Mas como bem disse Fernando Pessoa, todas as cartas de amor são ridículas. Se não fossem ridículas não seriam cartas de amor.
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Sérgio Scarpelli